quinta-feira, 11 de abril de 2013

Texto complementar 4


Frei Betto em conversa com Fidel Castro sobre Paulo Freire, disponível: Recuerdos de Cuba: à luz dos 52 anos de Revolução - Revista de Estudos Avançados-2011.

Descrevi meu trabalho em educação popular e o que significa a concepção metodológica dialética, que se contrapõe à metodologia bancária denunciada por Paulo Freire – e paradoxalmente ainda em voga, na época, em países socialistas. Considerei oportuno tocar no nome de Paulo Freire, injustamente “queimado” por comunistas brasileiros, inclusive em Cuba. alegavam que suas concepções eram idealistas, à luz da filosofia cristã e, portanto, inaceitáveis para quem assume a concepção materialista da natureza e da história. tais críticas baseavam-se numa leitura superficial de suas primeiras obras, como educação como prática da liberdade. sua evolução ideológica se reflete em Pedagogia do oprimido e Cartas à Guiné-Bissau. Mas os críticos ignoraram essas obras, ainda que seu método de educação popular e de alfabetização fosse adotado por países africanos recentemente libertados, e pela Nicarágua sandinista. “numa próxima viagem, fale disso com o ministro da educação e com os teóricos do Partido”, recomendou-me o dirigente cubano.

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