Referência: Henrique C. de Lima Vaz. O
Absoluto e a história. In:_____. Ontologia
e História. SP: Loyola, 2001. [esquema]
Detalhando a noção de
consciência.
3 concepções:
Idealista:
consciência como interioridade pura, fechada em sua imanência
Materialista:
consciência como puro reflexo ou produto do objeto
Realista:
dialética consciência-mundo
“A
consciência é estruturalmente intencional: é sempre consciência de alguma coisa. [...]. por outro lado,
para que um objeto qualquer seja possível, a consciência deve afirmar-se
consciência-de-si na oposição ao objeto. [...]. a relação entre a consciência e
o mundo torna-se inteligível precisamente no exercício concreto de compreensão
do mundo pela consciência, isto é, na cultura. [...]. A consciência é um ato: o
ato mesmo de tornar o mundo um objeto de compreensão e de definir o homem como
sujeito em face aos objetos do mundo” (Vaz, p. 248-9)
Abstratamente
(abstração útil: sujeito individual) distinguem-se dois momentos da estrutura
dialética da consciência:
1)
Momento da intenção:
posição do objeto. Consciência para o
objeto. Consciência situada (diante de um objeto no “aqui e agora”) e universal
(universalidade do poder-ser, capaz de transcender as determinações objetivas
no exercício da crítica a sua situação).
2)
Momento da expressão:
posição do sujeito. Consciência-de-si. “O sujeito exprime o objeto para-si”. Situa o objeto num plano de
sentido para-a-consciência.
* Síntese dinâmica, intenção e expressão, é a
própria consciência como consciência-de-si
e consciência-do-objeto.
Concretamente, situação real do
sujeito/consciência: comunidade de sujeitos, pluralidade de consciências
“Com
efeito, o momento da expressão
confere ao objeto intencionado pela consciência não somente um sentido para-si, mas também uma significação, ou
seja, a estrutura de um sinal que contém, ao menos virtualmente, um sentido para-o-outro. O sentido que é expresso
e, como tal, de certo modo exteriorizado, dirige-se a uma outra consciência que
o possa captar. Assim, toda expressão da consciência é também palavra, é apelo, invocação e
interpelação do outro. [...]. A consciência não se especifica somente pelo
mundo a ser transformado e compreendido – e que é assumido assim na linha do objeto –, mas pela outra consciência a
ser conhecida” (Vaz, p. 253)
* Daí que na
concepção realista da consciência subjetividade-objetividade-intersubjetividade
formam um vínculo dialético. O outro é sempre presente e deve se reconhecido
como sujeito dialogante entorno do mundo.
Eu-mundo-outro
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