quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Texto complementar 3


Referência: Henrique C. de Lima Vaz. O Absoluto e a história. In:_____. Ontologia e História. SP: Loyola, 2001. [esquema]

Detalhando a noção de consciência.
3 concepções:
Idealista: consciência como interioridade pura, fechada em sua imanência
Materialista: consciência como puro reflexo ou produto do objeto
Realista: dialética consciência-mundo
“A consciência é estruturalmente intencional: é sempre consciência de alguma coisa. [...]. por outro lado, para que um objeto qualquer seja possível, a consciência deve afirmar-se consciência-de-si na oposição ao objeto. [...]. a relação entre a consciência e o mundo torna-se inteligível precisamente no exercício concreto de compreensão do mundo pela consciência, isto é, na cultura. [...]. A consciência é um ato: o ato mesmo de tornar o mundo um objeto de compreensão e de definir o homem como sujeito em face aos objetos do mundo” (Vaz, p. 248-9)
Abstratamente (abstração útil: sujeito individual) distinguem-se dois momentos da estrutura dialética da consciência:
1)      Momento da intenção: posição do objeto. Consciência para o objeto. Consciência situada (diante de um objeto no “aqui e agora”) e universal (universalidade do poder-ser, capaz de transcender as determinações objetivas no exercício da crítica a sua situação).
2)      Momento da expressão: posição do sujeito. Consciência-de-si. “O sujeito exprime o objeto para-si”. Situa o objeto num plano de sentido para-a-consciência.
* Síntese dinâmica, intenção e expressão, é a própria consciência como consciência-de-si e consciência-do-objeto.
Concretamente, situação real do sujeito/consciência: comunidade de sujeitos, pluralidade de consciências
“Com efeito, o momento da expressão confere ao objeto intencionado pela consciência não somente um sentido para-si, mas também uma significação, ou seja, a estrutura de um sinal que contém, ao menos virtualmente, um sentido para-o-outro. O sentido que é expresso e, como tal, de certo modo exteriorizado, dirige-se a uma outra consciência que o possa captar. Assim, toda expressão da consciência é também palavra, é apelo, invocação e interpelação do outro. [...]. A consciência não se especifica somente pelo mundo a ser transformado e compreendido – e que é assumido assim na linha do objeto –, mas pela outra consciência a ser conhecida” (Vaz, p. 253)

* Daí que na concepção realista da consciência subjetividade-objetividade-intersubjetividade formam um vínculo dialético. O outro é sempre presente e deve se reconhecido como sujeito dialogante entorno do mundo. Eu-mundo-outro

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